07 junho 2007

Dois em um, uma contribuição de serviço público
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Entre os vários grupos de interesses que se reunem em torno da OTA contam-se otistas optimistas, hoteleiros e alguns otários, já que os últimos, é sabido, se têm disseminado por todos os sectores públicos e privados. Eu, que não pertenço a qualquer deles, acho que a discussão tem sido frutífera e tem contribuído para a familiarização do povo português com as línguas estrangeiras, ou não fosse um aeroporto, também, uma espécie de plataforma ( 'tá bem, 'tá bem, interface ) linguística. Depois de algum inglês técnico que aqui me dispenso de reproduzir, aprendemos o jamais ( pronunciar jámé e repetir em voz alta ) e, hoje, o peanuts.
Lamenta-se apenas que Mário Lino tenha perdido o ensejo de nos ensinar uma palavra nova, noutra língua, quando declarou não haver ninguém a sul do Tejo. As possibilidades eram muitas, mas bastaria um nadie, um niemand ou um nessuno, para obter um belo efeito e prestar um bom serviço público. Além disso, soa bem:
-Não há nessuno a sul do Tejo.
-Não há niemand a sul do Tejo.
-Não há nadie a sul do Tejo.
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Há oportunidades que, uma vez perdidas, não sabemos se se voltarão a repetir. É pena.

1 comentário:

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

Vou para o "deserto" onde moras, vou mandar-te um email. bj