11 setembro 2006

não pressinto grandes alegrias

.


I


não pressinto grandes alegrias
que não sejam bárbaras
nem inóspitas visões
nem novos muito novos sons.



ai, ainda hoje,
tão jovem que eu era.




II


eu, digo-te,
choro esta coisa sem nome
persigo-a sem forma
apal-
-po-a sem saber.



e perco-me,
é claro.


de poesia sobrevivente 1978/1986
( poemas que escrevi há mais de vinte anos )

1 comentário:

ivamarle disse...

vamo-nos perdendo assim, pela vida fora...