29 maio 2007

A CASA DO HORROR (II)

É, de novo, um caso verídico. Aconteceu numa pequena cidade de um grande país. A polícia organizou uma demonstração de como deve a população reagir em caso de sequestro dentro de um autocarro. Alguns polícias faziam de sequestradores, populares faziam de utentes, os restantes polícias faziam de si próprios. O exercício iniciou-se e uma metralhadora começou a disparar balas verdadeiras. Escrevo enquanto os factos estão ainda por apurar. Sabe-se que morreu um rapazinho de treze anos e que dez pessoas ficaram feridas. Irresponsávelmente alguém se esqueceu de trocar as munições mortíferas por munições apropriadas.
O horror, às vezes, é-nos servido pelos nossos putativos salvadores. Na realidade, tal como ficção.

1 comentário:

ivamarle disse...

é por estas e outras, que continuo a achar que a ficção, fica muito atrás da realidade no que toca a inverosimilhança...

atribuí um prémio ao Afinador; quando puderes vai lá espreitar...

beijinhos ;-))