28 janeiro 2007

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Os tecnocratas ( caso Esmeralda, posição - voto não porque a lei que temos já prevê tudo isso, mas sou contra a criminalização das mulheres, etc. ) começam a ouvir falar de inteligência emocional.
Acredita-se que andem confusos.

9 comentários:

inominável disse...

confusos como mais ou menos toda a gente que ouve argumentos como quem toma comprimidos e depois não sabe de que mal padece... é preciso consumir esses argumentos, mas também saber sintetizá-los em algum pensamento produtivo...

o que não se compreende é o que vem a inteligência emocional fazer para esta discussão... mas enfim...

Pedro Correia disse...

enfim... compreende-se de forma simples. Não fora isso e estas pessoas não hesitariam na aplicação estrita das regras e regulamentos. Quando hesitam significa que algo paralisa por instantes o seu fervor tecnocrático. Que coisa pensas que será?

inominável disse...

instinto de sobrevivência???!!? consciência crítica???!!! Tinha esperança que fosse algo menos exotérico e o début de uma espinha dorsal... mas pronto... deixa lá... sou tão ingénua ;)

Anónimo disse...

exotérico? Já lhe ouvi chamar outras coisas...

Leiria em Cuecas disse...

A Esmeralda nã conseguiu abortar da mãe e agora foi presa por um GNR que vê demasiadas telenovelas, e o paradoxo tem duas moedas da mesma face: ou se criminalza o Marcelo, ou o pai dixa de ir às putas, o que para o caso não vai dar ao mesmo. Em resumo, recordo um poema etrusco sobre o assunto que se pode tornar um mau hábito se lido muitas vezes: " Juízes e avestruzes
vestem os mesmos capuzes
Marcelos e Rebelos
é apanhá-los e...."
E eu tambem gostava de uma forma emocionalmente inteligente
explicar que o Gentil Martins tem o cordão umbilical a servir de pila e o
intestino delgado a servir de cérebro. Lá calha, desculpem intervir nessa tertúlia, um grande abraço, Pedro, meu amigo, saudações, minha inominável senhora, e vou-me, porque votar não, nem obrigado!!!

Anónimo disse...

O meu amigo de Leiria continua na sua forma habitual, sempre mordaz dentro das suas cuecas citadinas. Já te tentei mandar duas ou três mensagens pessoais mas acabam sempre devolvidas. Tens que me mandar o teu mail directo, para que eu te contacte.

Anónimo disse...

É este: peixotofh@gmail.com

E tudo o que começa mal acaba bem, pelo menos nas telenovelas nacionais, e prontamente assinalada a efeméride pelos pivots de todos os noticiários televisionados ou radiodifundidos, já se sabe, o GNR ganhou e a Esmeraldinha, que tem outro nome qualquer que eu não cogito, vai poder ver a Foribela no bunker policial do herói raptor e o pai biológico é multado e obrigado a casar com a mãe biológica se ela não se puser a escrever livros do estilo "eu... qualquer coisa"; a bem da Nação, o Dr Gentil Martins suicida-se em protesto contra a arrogancia minoritária que quer transformar a Europa num grande cemitério de fetos. Eu reafirmo votar sim, quanto mais não seja para homenagear a mãe do Martins que se conhecesse a espécie que pôs cá fora, tinha abortado.
Abração
Peixoto

inominável disse...

pois "exotéricos" mesmo... entre exótico e histérico... mas acho que o neologismo não foi muito bom... talvez "exostérico"?

Anónimo disse...

Excerpto do acórdão do STJ:

«Está provado, neste domínio e em síntese, que:

Impediu que a menor fosse entregue à guarda e aos cuidados do pai, o assistente, ocultado o lugar onde esta se encontrava, chegando a mudar várias vezes de residência, apesar de saber que este tinha juridicamente a sua guarda e direcção, e que lhe incumbia educar e tratar a filha, com quem deveria viver, privando pai e filha da companhia um do outro.

Vem tomando decisões sobre o modo e condições de vida da menor, contra a vontade do seu pai, titular do exercício do poder paternal, a quem compete decidir sobre a vida daquela, sabendo que esta não tem capacidade de decisão.

Impediu a menor de criar vínculo afectivo com o progenitor, sequer de se aproximar dele, nunca tendo dialogado com este, no sentido de entre todos acordarem uma solução que causasse um menor sofrimento a esta, ao ser deslocada de junto de si para junto do pai; impediu-a de conhecer a sua verdadeira identidade, o seu verdadeiro nome, a sua realidade familiar, quer pelo lado do pai, quer pelo lado da mãe. Privou-a de frequentar um infantário, com o consequente convívio com outras crianças, apreender regras de convivência social, adquirir conhecimentos, facultar-lhe um são, harmonioso e sereno desenvolvimento e uma boa educação e formação, sabendo que quanto mais se prolongasse no tempo a recusa de entrega da menor ao pai, retendo-a junto de si, mais penoso seria para esta adaptar-se à sua família e ao contexto e valores de vida desta.
Isto quando logo em 27.2.2003 o pai da menor manifestou ao Ministério Público de Sertã, o desejo de regular o exercício do poder paternal e de ficar com a menor à sua guarda e cuidados e imediatamente procurou a filha, deslocando-se à residência do arguido, logo que conheceu o local onde esta se encontrava aos fins de semana, inúmeras vezes, reclamando a sua filha, conhecê-la e levá-la consigo para a sua residência, o nunca lhe foi permitido, mesmo durante o Processo de Regulação do Poder Paternal, cujo desfecho lhe foi favorável, percorrendo milhares de quilómetros em viatura própria, mensal e em determinadas alturas, semanalmente, quer para ver a filha, quer para que lhe fosse entregue.
O arguido, não obstante a sentença proferida na regulação do poder paternal, recusou-se a entregar a menor.
O pai da menor, quis e quer, desde que o soube ser o pai, assumir-se realmente como tal, não pode, como desejava, dar-lhe os cuidados e atenção de pai, apresentá-la à sua família, inseri-la no seu agregado familiar, quando organizou a sua vida nessa perspectiva. Sendo grande a sua tristeza, angustia e desespero, ao ver-se sucessivamente impedido de ter acesso à respectiva, filha por causa da actuação do arguido e esposa, sentimentos agravados e acentuados após a regulação do poder paternal, quando constatou que o mandado de entrega da menor remetido à PSP, não era cumprido, apesar dos seus esforços. Em consequência o assistente passou a ser uma pessoa reservada e fechada sobre si mesmo, evita falar na sua filha e em toda a situação à sua volta, porque sofre ao ver-se privado, como era seu direito, de acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento da sua filha. Sonha com a menor, imagina a sua voz, os seus gestos, frequentemente chora e pede à companheira para o ajudar por não aguentar mais a espera em ter consigo a menor. Estes danos morais são sofridos de forma paulatina e diariamente, mantendo-se ao presente, agravando-se à medida que o tempo vai decorrendo sem que a sua filha seja encontrada e lhe seja entregue. A situação de afastamento, ocultação e recusa de entrega da menor é de tal modo prolongada, que a parte considerável e essencial da sua infância se está a desenvolver fora da convivência da família biológica desta.»

in http://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/5694dd5a9db5ffd0802573cc0044a3e6?OpenDocument



"Paguei porque o tribunal mandou e acho que está tudo dito. Fiz tudo pela menina, não prejudiquei Baltazar, não faz sentido. Ele que abra uma conta em nome dela", declarou o sargento. »

in http://sic.aeiou.pt/online/noticias/pais/20080724