17 junho 2006

sobre a serena solidão

.

o teu cheiro continua desconhecido
nesta casa. ainda não gastaste nenhum
sabonete nem sujaste
os lençóis os cinzeiros
a loiça.



eu cá continuo mas
vou sendo o ainda sem ti.
não me preocupo porque
a bem da própria harmonia universal
tudo se há-de resolver.



o poema aqui o tens
contudo.


de poesia sobrevivente 1978/1986
(poemas que escrevi há mais de vinte anos)

1 comentário:

Anónimo disse...

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