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o teu cheiro continua desconhecido
nesta casa. ainda não gastaste nenhum
sabonete nem sujaste
os lençóis os cinzeiros
a loiça.
eu cá continuo mas
vou sendo o ainda sem ti.
não me preocupo porque
a bem da própria harmonia universal
tudo se há-de resolver.
o poema aqui o tens
contudo.
de poesia sobrevivente 1978/1986
(poemas que escrevi há mais de vinte anos)
1 comentário:
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