08 junho 2006

pedra sobre pedra,de pedra ergui os bancos,

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pedra sobre pedra, de pedra ergui os bancos,
a mesa, a lareira. a mais rasa laje em frente
ao lugar da porta era o meu lugar na casa.
dali eu contemplava os barcos, o mar, o voo das
aves.



nove meses – outono, inverno, o tempo das flores,
permaneci. três ou quatro meses uma osga
hibernou sobre o meu leito. no quarto em frente
uma cobra vivia tranquila. conheci as pedras
debaixo das quais viviam pequenos escorpiões quase
negros. às vezes levava-lhes insectos, moscas mortas.
espalhava grãos pelo pátio e chamava os pássaros.



o mundo não sei. eu renasci.


de poesia sobrevivente 1978/1986
(poemas que escrevi há mais de vinte anos)

3 comentários:

ivamarle disse...

uma vez mais: um arrepio de luz e memórias; a cumplicidade do mundo nos gestos e nas vivências.Adorei!!!!

Anónimo disse...

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